quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Quando sexo une, quando sexo separa
Tem gente que acha que sexo não separa. Outro dia eu estava vendo um filme, desses bobos, de solteiros acima dos 30 perdidos pelo mundo. Entre um clichê e outro, um dos caras disse uma coisa que me fez parar prá pensar.A frase foi a seguinte: ’se a gente de fato se aproximasse de cada pessoa com quem a gente faz sexo, não nos sentiríamos tão solitários’.
É, ele tem toda a razão. Se a gente se dispõe a esses pequenos momentos de intimidade e entrega (e hoje em dia, tá bem fácil fazer isso), porque ainda assim a gente se sente solitário?
Não tem regra quando se fala em sexo. As escolhas que as pessoas fazem são sempre definidas por uma série de situações que no fim podem terminar numa cama, ou coisa que o valha. Mas acho que, ao longo do tempo, enquanto a gente fica mais seletivo, a gente deveria pensar um pouco mais sobre o fato de se entregar ou não a qualquer pessoa. Sim, porque não se entregar também é uma escolha difícil de fazer muitas vezes, em algumas situações mais difícil do que se entregar sem pensar.
Todo mundo já sentiu aquele abismo depois que se faz sexo com alguém que de fato não rola mais nada. Ou então o abismo depois de um sexo mal feito, deixando claro que não existe química entre as pessoas. E aí eu digo… o sexo pode separar, ao mesmo tempo que é um momento de elo significativo, aquela sensação de que algo deu errado é um nó na garganta, um soco no estômago.
Acho mesmo que trocar fluídos com estranhos pode ser uma experiência bacana, dependendo sempre do que se espera, se procura. Tanta gente reclama que só atrai pessoas erradas… as pessoas são espelhos de nós, nos mostram pedaços de nós que muitas vezes achamos difícil de encarar.
Quando se deparar com esse pedaço seu, veja se está mesmo preparada para encará-lo. Culpar o outro pelas nossas frustrações não nos leva a lugar nenhum, nunca. Seja reclamando que o cara não ligou, seja reclamando que a mulher é fácil porque transou na primeira noite ou difícil porque não transou.
Podemos encarar estarmos sós sem nos sentirmos solitários. Porque a verdade é uma só: todo mundo é sozinho, mesmo.
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